sexta-feira, julho 27, 2007

masoquismo

mordo-me como se me amasse

os dias passam em rodapé
entre masturbação e poesia
sem saber onde esqueci
os flamingos sem direcção
de asas perdidas à míngua de voo

mordo-me até me amar

14 comentários:

Claudia Sousa Dias disse...

Quero o meu amor de volta...

... o verdadeiro.

Não o de água com açucar...


CSD

un dress disse...

...



agora só

desfaço as mãos na parede

até que os dedos se extingam



...



beijO

Alberto Oliveira disse...

não me rendo
nem me prendo.

não esqueço os meus algozes
nem como figos com nozes.

soletro palavras ocas
leio a raiva em tantas bocas.

se janto salmão fumado
fumo um cigarro apagado.



In "As Palavras Tortas Nunca se Endireitam" de Câncio Saavedra, Edições Kappógato, 2023, Celorico da Beira.

eu disse...

Por vezes o masoquismo













Por vezes, masoquismo (qb) pode fazer sentirmo-nos bem. Mas é preciso não exagerar: é como a droga.

eu disse...

No post abaixo, cavalo à solta, estava eu a sair da casca, ainda hoje não me canso de ouvir. Maravilhosos F. Tordo e Ary.
Sempre.

D. Maria e o Coelhinho disse...

O QUE SE VAI PASSAR NÃO SEI !!!

D. MARIA

D. Maria e o Coelhinho disse...

O QUE SE VAI PASSAR NÃO SEI !!!

D. MARIA

Lauro António disse...

Inominável, belas palavras. Com o teu ritmo. E se te convidasse a escolheres os 10 filmes da tua vida, para o meu blogue? Aceitavas? Aceita e passa a 10 outros. Beijos

inominável disse...

Ok, aceito... mas vai ser MESSSSSMO muito difícil....

Luis Eme disse...

É lindo...

claro que não precisas de "morder-te", para te amares... mas, conseguiste um belo poema.

Muadiê Maria disse...

mordo-me como se me amasse...
intrigante esta frase.

Anónimo disse...

lindo... devias deixar mais coisas destas aqui...

Claudia Sousa Dias disse...

Fugos, nozes , salmão fumado?1

Fiquei agorá com uma fome...

E ainda por cima depois de ter feito exercício...


CSD

K disse...

também eu, às vezes, recorro ao chicote que há dentro de mim...