mordo-me como se me amasse
os dias passam em rodapé
entre masturbação e poesia
sem saber onde esqueci
os flamingos sem direcção
de asas perdidas à míngua de voo
mordo-me até me amar
quantidade máxima de vapor de água que o ar pode conter, a uma determinada temperatura
sexta-feira, julho 27, 2007
terça-feira, julho 24, 2007
a J. - o meu Cavalo à Solta
Minha laranja amarga e doce
Meu poema feito de gomos de saudade
Minha pena pesada e leve
Secreta e pura
Minha passagem para o breve
Breve instante da loucura
Minha ousadia, meu galope, minha rédia,
Meu potro doido, minha chama,
Minha réstia de luz intensa, de voz aberta
Minha denúncia do que pensa
Do que sente a gente certa
Em ti respiro, em ti eu provo
Por ti consigo esta força que de novo
Em ti persigo, em ti percorro
Cavalo à solta pela margem do teu corpo
Minha alegria, minha amargura,
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha laranja amarga e doce
Minha espada, poema feito de dois gumes
Tudo ou nada
Por ti renego, por ti aceito
Este corcel que não sossego
À desfilada no meu peito
Por isso digo canção castigo
Amêndoa, travo, corpo, alma
Amante, amigo
Por isso canto, por isso digo
Alpendre, casa, cama, arca do meu trigo
Minha alegria, minha amargura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha alegria, minha amargura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha alegria, minha aventura
Minha coragem de correr contra a ternura
Fernando Tordo - Cavalo à Solta
Letra de José Carlos Ary Dos Santos
Meu poema feito de gomos de saudade
Minha pena pesada e leve
Secreta e pura
Minha passagem para o breve
Breve instante da loucura
Minha ousadia, meu galope, minha rédia,
Meu potro doido, minha chama,
Minha réstia de luz intensa, de voz aberta
Minha denúncia do que pensa
Do que sente a gente certa
Em ti respiro, em ti eu provo
Por ti consigo esta força que de novo
Em ti persigo, em ti percorro
Cavalo à solta pela margem do teu corpo
Minha alegria, minha amargura,
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha laranja amarga e doce
Minha espada, poema feito de dois gumes
Tudo ou nada
Por ti renego, por ti aceito
Este corcel que não sossego
À desfilada no meu peito
Por isso digo canção castigo
Amêndoa, travo, corpo, alma
Amante, amigo
Por isso canto, por isso digo
Alpendre, casa, cama, arca do meu trigo
Minha alegria, minha amargura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha alegria, minha amargura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha alegria, minha aventura
Minha coragem de correr contra a ternura
Fernando Tordo - Cavalo à Solta
Letra de José Carlos Ary Dos Santos
sábado, julho 21, 2007
quarta-feira, julho 18, 2007
e os últimos livros foram...
"The book of illusions", de Paul Auster;
"Small world", de David Lodge;
"The Prague orgy", de Philip Roth;
"the breast", de Philip Roth.
...
Não, não me passei, comprei em inglês mesmo, em Londres mesmo, para ler mesmo nesta língua que está longe de me aquecer ou de me arrefecer...
PS- comparada com Londres, Berlin é mais ou menos uma aldeia provinciana... e eu sempre gostei de meios rurais!!! :)
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"Small world", de David Lodge;
"The Prague orgy", de Philip Roth;
"the breast", de Philip Roth.
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Não, não me passei, comprei em inglês mesmo, em Londres mesmo, para ler mesmo nesta língua que está longe de me aquecer ou de me arrefecer...
PS- comparada com Londres, Berlin é mais ou menos uma aldeia provinciana... e eu sempre gostei de meios rurais!!! :)
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segunda-feira, julho 09, 2007
dádiva
és a materna idade de onde nasci
nado-vivo sem nada por onde me dar
deste-me à luz
num parto doente e farto
e eu dei-te estes olhos mortos
transloucados de claridade
nado-vivo sem nada por onde me dar
deste-me à luz
num parto doente e farto
e eu dei-te estes olhos mortos
transloucados de claridade
segunda-feira, julho 02, 2007
A fuga
Mergulhaste vertical na água das minhas mãos
e delas nasceram crias-sonho
aquáticas
com pestanas e penas translúcidas
que ganharam cor contigo.
Mas as crias-sonho retornaram-te
num repente de rapina.
No lugar delas ficaram só as minhas mãos
- estas mãos incrédulas -
cornucópias secadas
pelo voo arrasante do teu corpo.
e delas nasceram crias-sonho
aquáticas
com pestanas e penas translúcidas
que ganharam cor contigo.
Mas as crias-sonho retornaram-te
num repente de rapina.
No lugar delas ficaram só as minhas mãos
- estas mãos incrédulas -
cornucópias secadas
pelo voo arrasante do teu corpo.
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