quarta-feira, maio 02, 2007

reduzir, reciclar, reutilizar...

andava à procura de algo para publicar aqui e eis que volto a descobrir a sub-pasta "The recycle bin of love", na pasta "XXX - o eu proíbido"... estes nomes são coisas para analisar psiquiatricamente... ou mesmo freudianamente... ou apenas rir e chorar por mais...

já não me bastava ter um "recycle bin" no desktop, sempre cheio e na expectativa de ser esvaziado sem voltar a necessitar do lixo que para lá remeti, como ainda tenho um tambor cheio de lixo emocional (por sinal, já não o reciclo há muito tempo!)... amores descartáveis... sentimentos efémeros...

parece que o meu espírito ecologista está em alta... pergunto-me o que significará reduzir, reciclar e reutilizar um amor... e mais, pergunto-me se é possível... e para que servirá aquela sub-pasta há tanto tempo guardada... sobretudo com um ficheiro word lá dentro que se chama "ver esta reles humanidade com mais piedade e perdoar-me de lhe pertencer"... t(r)emores...

16 comentários:

un dress disse...

sorri. piedade tua, minha.

e a do galileo, segundo gedeão... do galileu...

quero lá saber que nos julguem...de novo e sempre...!!!

quanto à ecologia emocional?
pra grandes consumos...grandes bidoNs.
reduz o consumo...? parece o mais pessoalmente correcto. e o mais ecológico...

...mas...?

*

Isabel Victor disse...

R+R+R = Reagir !

Fazes-me pensar ...
(in)nominável menina das neves !

Deixo-te um beijo no "Caderno ..."

Buda Verde disse...

tudo vale a pena...

Mar Arável disse...

Vai perdoar-me mas não resisto a contar uma anedota após tantos e bons "conselhos "que lhe dão.

Um cidadão dito normal espreitou nas grades do Júlio de Matos e ouviu alguem perguntar - quantos
são vocês aí dentro?

Um dia vou ao VÁVÁ ALMOÇAR - não sei onde é mas procuro - só para respirar

Anónimo disse...

Dizia o meu compadre do copo bebido e do petisco delicia a seguinte frase:

A malta aqui em Portugal anda sempre a olhar para o umbigo.

E do jogo fonético rreee rree, do umbigo lembra-te:

Tornar o umbigo menos fundo é poupar no sabão...

Mar Arável disse...

agradeço sua visita - parece que ainda estou no antigo ceta ou no antigo trianon ou ou

Unknown disse...

Isto é a regra dos três R's!
Não sei se poderemos reduzir, reciclar e reutilizar um amor... Mas quando se ama, tudo pode ser possível!

Beijinhos

Terra disse...

Amor em ficheiro word.
Reciclagem em tambor virtual.
Desktop ecológico.
(reles) Humanidade com tremores.
Pudera!...
(Perdoa-me a desorganização)
;-)

Alê Quites disse...

Sei como é, também tenho um tal tambor cheio de lixo emocional. Preciso aprender dicas de reciclagem, viu?!
Beijos*

inimaginavel disse...

Gostei dos conceitos. "Ecologia sentimental" e "The recycle bin of Love". Compro a ideia :)

Ida disse...

Oh, minha linda... e se esquecêssemos por um pouco a recycled bin of love e marcássemos todos um encontro debaixo da Torre Eiffel (sem beijo, provavelmente!) mas com muito riso, muito vinho e pouco siso... e a lembrar o poeta q morreu jovem e nos instiga com o seu "enivrez-vous, enivrez-vous sans cesse, de vin, d'amour ou de poésie"... e em Paris, de preferência! viele küsse!

bruno disse...

gosto disto, sem nomes.
rio e choro. mas não é
por mais, entendes? é
assim: é de rir e chorar
apenas. (mas rio mais, e
gosto disso.)
um abraço daqueles
bem grandes e que por isso
não cabem num recycle bin. pergunta
o baldinho? é demasiado
pesado! quer eliminá-lo
definitivamente?
e tu, sem
nomes, dirás: espera lá,
isso não! e se eu me arrependo?

aí o baldinho não tem resposta:
ele é a resposta para os
arrependimentos - mas só para
os pequeninos...

inominável disse...

lindíssimo, Bruno BB... mas as minhas conversas com o meu recycle bin são muito menos interessantes do que as tuas fantasias...

Ida disse...

Adorei! ele é a resposta para os
arrependimentos - mas só para
os pequeninos...
em que mundo nós chegamos a viver em que algo que julgávamos fadado ao trabalho toma um espaço desmesurado em nossas vidas e já é proposto como resposta a males da alma?... que mundo interessante, que nos permite discutir sobre isso e divagar a milhares de milhas de distância. Obrigada Bruno e Menina sem nome!

Muadiê Maria disse...

Olá, tudo bem?
Gosto muito de Eugénio de Andrade, especialmente aquela poesia: "uma casa que fosse um areal / que nem casa fosse..."

Letras de Babel disse...

pensava que só eu tinha pastas dessas. que não tinha tudo gravado em cd's.


mas eu não reciclo os amores e desamores...
(amores? tá bem, tá...)

falar em reciclar e reutilizar um amor, no meu caso, é puro optimismo...

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adorei o nome do teu ficheiro word. eu sou mais sintética. talvez porque quando os faço me esteja a apetecer deitar tudo fora, na hora...

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bjs