sexta-feira, março 04, 2005

O último nó... desfeito

Pois, a morte é isso e não pode ser de outra maneira... Curam-nos à moderna, mas morremos todos à antiga... Ouvi isto hoje, numa conferência de Lobo Antunes, o médico!

Todos os nós, os mais ligados, os mais cegos, os mais definitivos perdem tudo isso de que parecem feitos... Afinal, todo o nó vivo pode ser desfeito... mesmo que para isso se desfaça o sentimento de proximidade e de preenchimento com que todas as vidas nos surpeendem...

De todos os nós que conheço, este nó, o da vida e o da morte, são de longe os mais surpreendentes! Mas isso não explica a absurdidade do processo...

1 comentário:

Ida disse...

Que benção ter entrado nestes registros e encontrar essas tuas palavras (ou deveria dizer visões?) que me levam de volta ao q já vivi de alguma forma, mas não como a Madeleine dans le thé do Proust e de forma insípida quase cirúrgicacomo na morgue... levam-me como sou hj a revisitar o q vivi ontem... e não sei te dizer se por que tens um dom incrível para transmitir o teu olhar sobre as coisas ou se pq esse teu olhar combina com o meu, há uma lufada de ar fresco que me envolve e me faz respirar outa vez...