quinta-feira, junho 29, 2006

e é assim que se criam relações interpessoais on-line

Inominável sagt:
bom

Inominável sagt:
vou voltar à correcção da tese

SAT sagt:
força

Inominável sagt:
só vou na página 260 e anda faltam mais de 300

SAT sagt:
pois... é o que dá escrever muito

Inominável sagt:
pois

Inominável sagt:
mas só agora é que reparei

Inominável sagt:
quando estava a escrever sempre tinha vontade demais

Inominável sagt:
taradona da escrita, é o que é!

SAT sagt:
é um vício... eu sei

Inominável sagt:
o que fazer?

Inominável sagt:
eu sei que terapia nestes dias já é uma coisa normal, mas tenho vergonha

Inominável sagt:
e se descobrem?

SAT sagt:
eu posso falar com um gajo que arranja umas lentes de contacto que dão a impressão que a pessoa vê mas tiram a visão ao utilzador... assim já não pode Escrever e ninguém desconfia

Inominável sagt:
obrigada

Inominável sagt:
sempre o mesmo amigo

SAT sagt:
sim, um verdadeiro anjo, um amor de bicho e um companheiro inseparável

SAT sagt:
ou seja um cão

Non, Je Ne Regrette Rien

Non, Rien De Rien, Non, Je Ne Regrette Rien
Ni Le Bien Qu'on M'a Fait, Ni Le Mal
Tout Ça M'est Bien Egal
Non, Rien De Rien, Non, Je Ne Regrette Rien
C'est Payé, Balayé, Oublié, Je Me Fous Du Passé

Avec Mes Souvenirs J'ai Allumé Le Feu
Mes Chagrins, Mes Plaisirs,
Je N'ai Plus Besoin D'eux
Balayé Les Amours Avec Leurs Tremolos
Balayé Pour Toujours
Je Reparts a Zéro

Non, Rien De Rien, Non, Je Ne Regrette Rien
Ni Le Bien Qu'on M'a Fait, Ni Le Mal
Tout Ça M'est Bien Egal
Non, Rien De Rien, Non, Je Ne Regrette Rien
Car Ma Vie, Car Mes Joies
Aujourd'hui Ça Commence Avec Toi

(cantado por Édit Piaff)

terça-feira, junho 27, 2006

Modernidade

Ser ou não ser
já não é a questão.

Multiplicaram-se as possibilidades
dos príncipes da modernidade:
quase ser
também ser
porém ser
ser e não ser.

(Inominável)

Foi assim (curta-metragem 2)

não havia nele nada de especial. ela também não era especial. duas almas vazias frente ao precipício. felizes.

um encontro de dois pares de olhos vendados, felizes de se encontrarem sem se verem... a visão seria inútil. ninguém se vê. ninguém nunca se vê.

havia muitos copos de vinho tinto vazios sobre a mesa. nada neles era especial, excepto o anonimato e a liberdade do anonimato numa cidade grande, tão grande, tão grande. nada excepto o gosto do anonimato. e a fealdade.

mas eram almas felizes embriagadas, pintadas a tinto na esplanada do bar, que tinha aquele nome elegível e comidas com nomes ilegíveis e bebidas de nomes ilegíveis. nada de especial, naquela cidade grande, tão grande como a extansão das palavras naquela língua.

dois pares de pernas e de braços e de abraços desconhecidos numa cidade grande. o desejo da pequenez do quarto. o desejo da pequenez do sexo. o desejo de um vazio com significado. o desejo de um grande vazio, rodeado de nada a toda a volta, ilha-vácuo de uma cidade grande desconhecida e apertada.

eram só duas bocas numa cidade que se falavam entre si. e os braços daquelas bocas enterravam-se na noite que se abria.

nada de especial. nem lindo. só o encontro de dois estrangeiros numa terra estranha. as entranhas abertas.

domingo, junho 25, 2006

Mundial

O mundial é uma coisa muito europeia...